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CADERNOS NEGROS 43 – UM LIVRO DE RECORDES

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jun 07 2021
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O volume 43 da série Cadernos Negros, organizado em 2020, chegou batendo alguns recordes em relação a outros livros da série. É o volume com o maior número de autorxs, o maior número de páginas e o maior número de mulheres dentre todos os quarenta e três livros já publicados. Isso também demandou um maior número de avaliadorxs, gerando uma processo em que talvez tenhamos chegado a cerca de uma centena de pessoas envolvidas só na gestação do livro, sem contar seu lançamento, ocorrido em abril de 2021.

Ao mesmo tempo em que isso foi fascinante, também foi desafiador, pois foi um trabalho gigantesco dar conta de um processo assim no prazo que temos disponível para fazer cada volume. Isso, acrescido à situação de pandemia que vivemos desde o início de 2020, tornou a tarefa extremamente dificultosa. Mas os organizadores, Márcio Barbosa e Esmeralda Ribeiro, com o apoio de outrxs autorxs e pessoas, conseguiram dar conta de tal empreitada. E, é lógico, a receptividade dxs leitorxs é fundamental para que a série siga adiante. Enfim, o livro está na rua para todxs que se interessarem. E que sejam muitxs.

Cadernos 43 sai com 488 páginas, 65 autorxs, 40 delxs são mulheres. Uma pesquisa realizada há algum tempo identificou que uma figura feminina, a mãe, é a maior responsável por criar o hábito de leitura nas crianças. Aqui em Cadernos, as mulheres têm também ocupado cada vez mais o merecido espaço como autoras. Desde o pós-abolição, passando pela Frente Negra, tem-se registrado o papel das mulheres como participantes e protagonistas das lutas e empreendimentos do povo preto. E isso tende a aumentar com o tempo.

Como diz a atriz Vera Lopes numa das orelhas: “Cadernos Negros prosa ou poesia são fundamentos, nos aprontam e nos fortalecem para os múltiplos enfrentamentos; viabilizam encontros a partir das letras até a cumplicidade de momentos compartilhados”. O querido cantor e escritor Martinho da Vila também afirma: “Cadernos Negros é uma publicação de resistência em alto nível e já foi finalista do Prêmio Jabuti de Literatura”. Já o sambista e sociólogo T-Kaçula observa que os Cadernos contribuem estruturalmente “no contexto de como observamos o mundo, seja no campo da política, da economia, da literatura e das relações raciais no nosso país”.

Os Cadernos continuam saindo como um trabalho cooperativo, portanto, adquiri-los, lê-los e indicá-los para outras pessoas é contribuir para o seu processo de continuidade.

Você pode encontrá-los aqui na livraria do site: Livraria.

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PRA QUE LER?

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out 29 2016
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mãe e filho lendo

Um bom livro marca nossas vidas. Não é à toa que, em épocas remotas, a leitura era privilégio de sacerdotes. Há algo mágico numa boa leitura. Mágico no sentido de que escapa à nossa compreensão racional, imediata, e fala com camadas mais profundas de nosso ser, camadas mais acessíveis pela intuição e pela emoção.

Muito se fala a respeito dos benefícios da leitura em geral. Ela amplia nosso vocabulário, estimula a reflexão, aumenta nosso conhecimento a respeito do mundo e de nós mesmos.

No entanto, a leitura de bons livros pode fazer mais. Bons livros de ficção e poesia podem nos fazer viajar por cidades, países, épocas ou universos distantes enquanto estamos em nossa sala, numa biblioteca ou num vagão de metrô. Além disso, bons livros nos fazem companhia, deixamos de ser solitários à medida que conhecemos novos personagens e novas situações, à medida que nos identificamos com eles ou elas e torcemos para que consigam fazer o que se propuseram a fazer e sejam felizes. Emprestamos-lhes por algum tempo nossas expectativas e energia.

A questão é: um bom livro é só o que o cânone diz que é bom? São só os clássicos? É só o que consta na lista dos mais vendidos das principais revistas? Só o que passou pelo crivo da indústria cultural e dos seus intelectuais orgânicos destinados a chancelar e decidir o que devemos ler e como devemos nos sentir?

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, lançada em 2016 pelo Instituto Pró-Livro, revela que de 2002 até 2015 aumentou o nível de escolaridade no Brasil, e de 2011 até 2015 aumentou o número de livros lidos pelos brasileiros. Pouco, é verdade (4 livros por ano em 2011 e 4,96 em 2015), mas já é algo. Mulheres leem mais que homens (59% x 52%). E, embora, a pesquisa não entre nesse aspecto, provavelmente a movimentação de escritores e ativistas negros e periféricos nesse campo deve ter contribuído para que mais pessoas tenham acesso à leitura e tomem gosto por ela.

Um outro dado interessante na pesquisa citada é que há uma pergunta sobre quem influenciou no gosto pela leitura. E a maioria respondeu que foi a mãe ou uma figura feminina com esse papel. Mais do que o pai ou os professores/professoras.

Um bom livro talvez seja aquele que nos comove, que nos faz sair de nosso lugar comum, de nossa zona de conforto, que nos faz virar as páginas, nos educa e nos entretém. É também aquele que mexe com nosso imaginário, que nos faz ver como as coisas poderiam ser, não só como elas são. Nesse sentido, as literaturas afro e periférica têm muito a acrescentar, especialmente num momento político de tantas incertezas e retrocessos.

E, a considerar os dados da pesquisa citada, o papel de mulheres negras e periféricas é fundamental não só na produção, mas também no ensino e na difusão dessa literatura.

 

Márcio Barbosa

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SOBRE O LANÇAMENTO EM SALVADOR

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mar 01 2016
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Cadernos Negros 38 está na estrada. E a noite linda do lançamento em Salvador é descrita no texto de uma das autoras, Fátima Trinchão, que reproduzimos abaixo:


LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA CADERNOS NEGROS 38

SALVADOR  –  BAHIA

Em 26 de fevereiro do ano em curso tivemos a alegria de nos encontrarmos na Biblioteca Central dos Barris – Espaço Quadrilátero – a partir das 18h, quando foi lançada a antologia Cadernos Negros 38 aqui em Salvador da Bahia.

E nós autores da Bahia e de Sergipe estávamos lá. Jairo Pinto, Ana Fátima, Benício Santos, Luís Carlos de Oliveira, Aline Soares e Fátima Trinchão. Este grupo de escritores que  se reuniu no Espaço Quadrilátero da Biblioteca honrou sobremaneira a literatura brasileira e em particular a literatura afro-brasileira. Cada um trazendo a sua contribuição à literatura nacional através dos vários contos publicados que chegam até nós leitores, proporcionando-nos deleite e nos induzindo à  provocação. Mas provocação essa que traz consigo o poder da reflexão.

É isso! Provocar para refletir, trazer à baila, fazer pensar, educar, transformar, mudar atitudes e pensamentos, pois neste e naquele conto encontro-me nas palavras de um personagem, nas angústias do protagonista, nas peripécias do antagonista, nos ensinamentos morais que o texto me trará e no momento em que inopinadamente vejo-me a comungar com o autor as narrativas inspiradas nas suas memórias e experiências, nas suas vivências, no ouvir falar, enlevo-me na riqueza do texto e, vez por outra, descanso o livro por sobre a mesa, fecho os olhos e viajo. Ponho-me a pensar como estou ali tão bem representada. Parece até que o autor, ao elaborar a sua criação, o fez pensando em mim. Parece até que alguém que muito bem me conhecia contou para ele a minha história e aquele personagem, protagonista ou antagonista, se encaixa tão bem naquilo que sou e vivi.

A noite estava fresca, e a plateia, cúmplice.

O evento foi iniciado com uma palestra grandiosa e enriquecedora da Professora Doutora Ana Rita Santiago que tanto nos transmitiu a respeito de nós e da nossa literatura; depois houve a apresentação dos autores, que discorreram sobre a sua criação, os seus momentos de inspiração e produção, e a performance maravilhosa do Coletivo Boca Quente.

O período de três horas passou tão rápido que nem sentimos, e se mais possibilidades de permanecermos juntos existissem, mais tempo ficaríamos.

A sessão de autógrafos muito me emocionou, como foi emocionante todo o acontecimento, os amigos que há tanto tempo não via, os versos e canções, que tanto me recordaram os que já foram e as suas lutas, os incentivos de tantos quantos ali presentes que não se fatigavam de valorizar e enaltecer esta literatura que fala sobre nós, sobre nosso jeito de viver, sobre nossas andanças, sobre a nossa religião, sobre a maneira como somos.

O nosso conto, A Santa, relata a fé de um povo, em uma santa, em uma Yabá. Narramos a exteriorização dessa fé, seja através da liturgia da igreja católica, seja através da liturgia da religião dos Orixás.

Tudo é fé, e na fé implícito está o amor e, ao final, tudo é amor.

Chegamos ao Cadernos Negros 38; este ano de 2016 será a vez da antologia CN de número 39 e no próximo ano, peçamos a Deus e aos Orixás que completemos os quarenta anos coroados de júbilo e realizações. Realizações não só daqueles que encetaram e venceram originalmente o desafio de uma literatura afro-brasileira, mas de todos aqueles que tiveram a sua estreia nos Cadernos Negros, como escritores, autores da saga de um povo, donos dessas vozes que falam de nós, e tantas e tantas vezes, que falam por nós.

Este dom não é obra do acaso e não é lícito calar-se.

 

Nossa gratidão a esses guerreiros, companheiros de todas as jornadas, que é em suma a mesma jornada de todos nós, desde os Cadernos Negros número um até aquele que um dia será.

 

Evoé

a todos os autores, escritores, pensadores, filósofos, poetas, contistas, prosadores que fazem a arte literária afro-brasileira, e a trazem ao seu público proporcionando-lhe dessa forma um melhor conhecimento de si.

salvador-lancamento2

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RUMO AO CADERNOS NEGROS 38

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nov 29 2015
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Estamos nos preparando para o nascimento do volume 38 de Cadernos Negros. Muitos livros têm sido lançados ultimamente. Isso é ótimo! A colheita de palavras negras e livros afro-brasileiros está cada vez mais intensa. Que venham mais livros. E que venham mais leitores. Os leitores são a razão maior de os livros existirem. Você também pode colaborar para que esse movimento seja contínuo. Participe da campanha de pré-venda do CN 38 no link abaixo. O lançamento do livro já está marcado para o dia 18 de dezembro de 2015, sexta-feira, na biblioteca Alceu Amoroso Lima, Rua Henrique Schaumann, 777 – Pinheiros, São Paulo, Zona Oeste de São Paulo (a Biblioteca fica na esquina com a Rua Cardeal Arcoverde e na altura do número 1111, da Rua Teodoro Sampaio. A Biblioteca também é próxima da Praça Benedito Calixto). A partir das 19h. Navegue na página a seguir e ajude a contar nossas histórias.

http://www.kickante.com.br/campanhas/contando-nossas-historias-cadernos-negros-volume-38-contos-afro-brasileiros-0

crowd-capa-inicial-cn38

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CADERNOS NEGROS 37 – LANÇAMENTO DIA 12/12 – PARTICIPE DA CAMPANHA

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nov 17 2014
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Um dos trabalhos que mantém viva a literatura afro-brasileira é a série Cadernos Negros, que neste ano caminha para o volume 37.

É isso mesmo! São 37 anos dando visibilidade a textos, autores e temas que dizem respeito ao Brasil como um todo.

Sabemos que essa trajetória tem sido construída com garra e determinação. Para manter a série viva é necessário muita criatividade em todos os sentidos, tanto nos textos quanto na produção e lançamento de cada livro.

O volume 37 será de poemas.

Neste ano estamos lançando uma campanha de crowdfunding, para a qual solicitamos a colaboração de todos. Basicamente essa campanha convoca todos aqueles e aquelas interessados e interessadas em colaborar para que os poemas de autores e autoras venham à luz. Também permite que cada leitor e leitora adquira antecipadamente o livro.

Para que a campanha tenha sucesso, será imprescindível seu apoio, adquirindo o livro em condições especiais.

A campanha já está no ar no site kickante e você pode colaborar!

Abaixo damos o endereço da campanha e pedimos que divulgue em suas redes sociais, e-mails, enfim, onde for possível.

Contamos com você!

É isso aí! Rumo ao lançamento do CN37.

Para participar da campanha, clique no link abaixo:

http://www.kickante.com.br/campanhas/poesia-para-todxs-cadernos-negros-37

emailimagem

 

Poetry for one, for all: Cadernos Negros 37 (Black Notebooks Volume 37)

Be a part of the 37th volume of the Black Notebooks series and get it before it comes out. We will be sending out this poetry around the world! And we need your and everyone’s help.

Each Black Notebooks volume comes to light thanks to a lot of effort and love. Each issue is the product of collaborative work, where all those interested contribute to the production costs.

Your support will enable this series to reach even more people. Each volume includes a different group of writers; some who previously published with us, others who publish for the very first time. Odd numbered volumes are short stories, and uneven volumes include poetry.

The Collective Quilombhoje coordinates and produces the series in São Paulo. Our objective is to publish enough books to reach thousands of people. For that reason, we need to produce the next number in the best way possible.

With today’s technology, we were motivated to lean on opportunities to use a platform or certain tools to help those writers publish–and decided to turn to ‘crowdfunding.’

And here we are.

This collective financing campaign is a way for us to invite others to contribute to our already collaborative series. And to have people like you help keep the series alive. This movement will make our writers collective’s circle bigger, with a wider ripple effect. With your help, we can have readers receive the book earlier than expected, and we can reach others who wouldn’t know us otherwise.

We have a firm belief that you would be willing to be a part of our history. Join us, help us!

http://www.kickante.com.br/campanhas/poesia-para-todxs-cadernos-negros-37

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FOTOS DO LANÇAMENTO DO LIVRO CADERNOS NEGROS VOLUME 36

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dez 22 2013
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É isso aí, abaixo seguem algumas fotos do lançamento do livro Cadernos Negros Volume 36. Agradecemos a essa gente bonita, talentosa, inteligente, participativa, que somos todos nós. (Fotos de Vinão Alobrasil, clique nas miniaturas e navegue pelas quatro páginas)

[Show as slideshow]
Thatiane e Potira
Danilo e Abayomi
Mariana
Artistas nos bastidores
Makini e Geraldo
Elizandra
Aísha
Adilson e Wilmihara
dsc_0110
Liah Jonnes caracterizada
Débora e Levi apresentam
Michel fala
Débora apresenta
Michel, um dos autores do CN 36
Cosme
Omo Aiyê no palco
Elizandra e Cuti
Elizandra
Fabiann
Fabiann canta
1234►

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UM POUCO DE HISTÓRIA DE CADERNOS NEGROS

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out 07 2012
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O texto abaixo foi publicado no volume especial Cadernos Negros Três Décadas e fala sobre a criação e a batalha para a manutenção da série. Quando você clicar, a publicação abrirá no site Issuu.

Open publication – Free publishing – More quilombhoje

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QUILOMBHOJE NA BIENAL 2012

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ago 21 2012
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Isso mesmo, rapaziada!

Foram muito legais as atividades que o Quilombhoje realizou na bienal do livro 2012, no Anhembi, em São Paulo, dia 19/8.

Houve um bate-papo sobre literatura afro, uma roda de conversa que foi interessante para discutir alguns temas que são pertinentes a essa ação de nos escrevermos, e que serviu também para exteriorizar algumas inquietações dos que estavam presentes.

Depois, mais tarde, rolou a roda de poemas, com a presença de muita gente interessada, participação de muitos jovens falando poesia. Foi da hora, e isso graças aos autores que trouxeram seu axé: Akins Kintê, Débora Garcia, Esmeralda Ribeiro, Márcio Barbosa, Sergio Ballouk, Thyko de Souza, além da participação super especial de Sidney de Paula Oliveira, de Cosme Nascimento na percussão, de vários outros poetas, rappers etc. Agradecimentos a todos os que participaram e à Secretaria Municipal de Educação. Algumas fotos estão no slideshow abaixo. Depois postaremos mais. E tem fotos também no blog do Sergio Ballouk: http://sergioballouk.blogspot.com.br/

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E-BOOKS

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jun 16 2012
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A fim de tornar acessível a literatura e outras informações para aqueles que transitam no mundo tecnológico, colocamos à disposição dois títulos em formato de e-book: CADERNOS NEGROS MELHORES POEMAS, indicado para o vestibular da UFBA, em Salvador, e NOMES AFROS. Os e-books ganham cada vez mais espaço, embora o livro em papel continue fascinando e ainda tenha um longo caminho a percorrer. O Nomes Afros estava esgotado e essa foi uma maneira encontrada para disponibilizá-lo.

Os arquivos estão em formato pdf.

O Melhores Poemas você encontra neste endereço: http://hotmart.net.br/show.html?a=M64859M

Já o Nomes Afros você pode encontrar aqui: http://hotmart.net.br/show.html?a=M66186M

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UMA INTERESSANTE REFLEXÃO DA ESCRITORA MOÇAMBICANA PAULINA CHIZIANE

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abr 18 2012
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Segue um artigo interessante, tirado do Correio Nagô (http://correionago.ning.com), que mostra como a imagem do Brasil é veiculada pela grande mídia na África

Novelas brasileiras passam imagem de país branco, critica escritora moçambicana

Brasília – “Temos medo do Brasil.” Foi com um desabafo inesperado que a romancista moçambicana Paulina Chiziane chamou a atenção do público do seminário A Literatura Africana Contemporânea, que integra a programação da 1ª Bienal do Livro e da Leitura, em Brasília (DF). Ela se referia aos efeitos da presença, em Moçambique, de igrejas e templos brasileiros e de produtos culturais como as telenovelas que transmitem, na opinião dela, uma falsa imagem do país.

“Para nós, moçambicanos, a imagem do Brasil é a de um país branco ou, no máximo, mestiço. O único negro brasileiro bem-sucedido que reconhecemos como tal é o Pelé. Nas telenovelas, que são as responsáveis por definir a imagem que temos do Brasil, só vemos negros como carregadores ou como empregados domésticos. No topo [da representação social] estão os brancos. Esta é a imagem que o Brasil está vendendo ao mundo”, criticou a autora, destacando que essas representações contribuem para perpetuar as desigualdades raciais e sociais existentes em seu país.

“De tanto ver nas novelas o branco mandando e o negro varrendo e carregando, o moçambicano passa a ver tal situação como aparentemente normal”, sustenta Paulina, apontando para a mesma organização social em seu país.

A presença de igrejas brasileiras em território moçambicano também tem impactos negativos na cultura do país, na avaliação da escritora. “Quando uma ou várias igrejas chegam e nos dizem que nossa maneira de crer não é correta, que a melhor crença é a que elas trazem, isso significa destruir uma identidade cultural. Não há o respeito às crenças locais. Na cultura africana, um curandeiro é não apenas o médico tradicional, mas também o detentor de parte da história e da cultura popular”, detacou Paulina, criticando os governos dos dois países que permitem a intervenção dessas instituições.

Primeira mulher a publicar um livro em Moçambique, Paulina procura fugir de estereótipos em sua obra, principalmente, os que limitam a mulher ao papel de dependente, incapaz de pensar por si só, condicionada a apenas servir.

“Gosto muito dos poetas de meu país, mas nunca encontrei na literatura que os homens escrevem o perfil de uma mulher inteira. É sempre a boca, as pernas, um único aspecto. Nunca a sabedoria infinita que provém das mulheres”, disse Paulina, lembrando que, até a colonização europeia, cabia às mulheres desempenhar a função narrativa e de transmitir o conhecimento.

“Antes do colonialismo, a arte e a literatura eram femininas. Cabia às mulheres contar as histórias e, assim, socializar as crianças. Com o sistema colonial e o emprego do sistema de educação imperial, os homens passam a aprender a escrever e a contar as histórias. Por isso mesmo, ainda hoje, em Moçambique, há poucas mulheres escritoras”, disse Paulina.

“Mesmo independentes [a partir de 1975], passamos a escrever a partir da educação europeia que havíamos recebido, levando os estereótipos e preconceitos que nos foram transmitidos. A sabedoria africana propriamente dita, a que é conhecida pelas mulheres, continua excluída. Isso para não dizer que mais da metade da população moçambicana não fala português e poucos são os autores que escrevem em outras línguas moçambicanas”, disse Paulina.

Durante a bienal, foi relançado o livro Niketche, uma história de poligamia, de autoria da escritora moçambicana.

 

Aproveitando, dá um confere nestes trabalhos:

http://playnapoesia.com.br/multimidia

http://akinskinte.blogspot.com/

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