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LIVROS QUE ENCANTAM

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jun 22 2012
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“Contradição é um outro nome que o amor tem”
(do conto “Veridiana”)

landecapas1
Os livros de Lande Onawale recentemente lançados são obras que nos mostram como a leitura pode ser prazerosa.

Também nos levam a pensar que a literatura afro produzida na Bahia tem tido a capacidade de emocionar especialmente quando fala das relações familiares (um outro bom exemplo disso é o conto de Fátima Trinchão publicado no CN34), sem medo de ser melodramática, de fazer os leitores se darem conta de seus sentimentos e de fazer surgirem também algumas lágrimas, e isso sem perder a capacidade de levar à reflexão.

São dois os livros de Lande: um de poemas, “Kalunga”, que traz o lirismo já conhecido por meio de Cadernos Negros, e outro de contos.

No de contos, chamado “Sete”, o autor nos leva com leveza e habilidade por situações de conflito e revelação entre casais, mães e filhos, jovens amigos, enveredando por alegrias, sonhos, dores…

No conto “Veridiana”, por exemplo, um homem e uma mulher se amam. Eles vivem numa comunidade remanescente de quilombos e moram juntos, mas não conseguem verbalizar seu amor e, por isso, estão à beira de se separar, o que nos leva a imaginar todas as limitações que, desde fora, nos impedem de expressar o amor.

Pode-se pensar também em até que ponto a sociedade limita nos afro-brasileiros essa possibilidade de se amarem, à medida que projeta uma imagem negativa do corpo e da estética negra, da capacidade e do caráter dos afrodescendentes, de sua humanidade, enfim. Há não muito tempo, um verso agitou a mente daqueles que queriam dar forma a certos sentimentos:

“reaja à violência racial / beije sua preta em praça pública”

Não por coincidência, o verso é do próprio Lande, que indica que toda transformação se inicia no reforço de nossos laços afetivos, na expressão dessa afetividade em atos, o que pode exigir coragem.

Um filho, por exemplo, que tipo de relação pode construir com seus pais negros, que tipo de imagem terá deles numa sociedade que estabelece como parâmetro de julgamento o sucesso financeiro, o consumo de bens, e que, ao mesmo tempo, exclui dessas imagens de sucesso e dinheiro aqueles semelhantes a seus pais? No conto “A partida” Lande mostra justamente esse amor que aflora no momento da separação entre uma mãe e seu filho, algo que vem do lugar mais íntimo.

Respeito mútuo e amor pelo semelhante são caminhos importantes apontados pelos contos de Lande e seguem lado a lado, e a família emerge como o território essencial para isso dar certo.

O subtítulo do livro, “diásporas íntimas” não fala não só dessas diásporas do autor, mas do íntimo de todos aqueles que já viveram ou vivem situações semelhantes. É preciso ler para sentir, afinal a literatura tem que comover.

Maiores informações: http://landeonawale.blogspot.com.br

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E-BOOKS

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jun 16 2012
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A fim de tornar acessível a literatura e outras informações para aqueles que transitam no mundo tecnológico, colocamos à disposição dois títulos em formato de e-book: CADERNOS NEGROS MELHORES POEMAS, indicado para o vestibular da UFBA, em Salvador, e NOMES AFROS. Os e-books ganham cada vez mais espaço, embora o livro em papel continue fascinando e ainda tenha um longo caminho a percorrer. O Nomes Afros estava esgotado e essa foi uma maneira encontrada para disponibilizá-lo.

Os arquivos estão em formato pdf.

O Melhores Poemas você encontra neste endereço: http://hotmart.net.br/show.html?a=M64859M

Já o Nomes Afros você pode encontrar aqui: http://hotmart.net.br/show.html?a=M66186M

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Tagged as: Cadernos negros, literatura afro, literatura negra, nome africano, Poesia, Quilombhoje, Salvador, UFBA, vestibular

SOBRE NOSSOS GANHOS E PERDAS

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jun 16 2012
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No dia dia 22/5, a Assembleia Legislativa de São Paulo realizou uma audiência pública sobre as cotas e o foco foram as universidades paulistas. O que se viu de um lado foi uma juventude organizada que lotou o auditório e que quer cobrar do Estado de São Paulo políticas de ação afirmativa as quais, aliás, já se espalham por vários Estados do país. Do outro lado, Unesp, Usp e Unicamp, instituições em que os filhos das elites já têm suas cotas garantidas, não esconderam sua vocação conservadora, segundo a qual as cotas para afrodescendentes não terão vez no curto prazo. Mas propostas e projetos apresentados por deputados com uma visão mais progressista prometem tirar essas instituições de sua zona de conforto, mostrando que a vocação atual do país é no sentido de caminhar para soluções que beneficiem todo o povo. O bonito foi ver a demonstração de energia e consciência de uma juventude disposta a lutar por seu espaço, disposta a cobrar dos poderes Executivo e Legislativo políticas de ação afirmativa.

Entretanto, no dia seguinte foi chocante a notícia que saiu na internet: o assassinato de uma estudante angolana num bar em SP, depois de ter sido ofendida com frases de cunho racista.
Triste! Lamentável! Inaceitável!
E o que continua causando indignação é o fato de até o momento os culpados não terem sido presos. Quem são eles? E por que a grande mídia não repercutiu este caso?
A jovem angolana Zulmira Cardoso, 26 anos, foi morta e outros quatro jovens angolanos foram gravemente feridos. Zulmira morreu e os sonhos de todos nós, que queremos um mundo melhor, foram também atingidos pelas balas.
É preciso clamar por justiça! É preciso não aceitar! É preciso cobrar das autoridades competentes a solução deste caso e de todos os outros em que jovens negros são assassinados, independentemente de serem angolanos, brasileiros, nigerianos etc.

Que Zulmira descanse em paz! E que possamos ver a JUSTIÇA acontecer!

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

MAS CELEBREMOS TAMBÉM AS CONQUISTAS:

um programa de intercâmbio com universidades norte-americanas, que beneficiará estudantes afro-brasileros, está surgindo. Vc pode ter maiores informações increvendo-se no site do Educafro: www.educafro.org.br

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ENQUANTO O TAMBOR NÃO CHAMA

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jun 16 2012
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ENQUANTO O TAMBOR NÃO CHAMA

Este livro de poemas lançado no ano passado remete a uma frase atribuída ao escritor Tolstói: “Se queres ser universal, canta a tua aldeia”.

Sempre presente quando se fala de literatura afro-brasileira, a questão da universalidade não reside somente na esfera literária: quantos negros não se sentem solitários, isolados, quando estão num ambiente em que são minoria e não encontram espaço para vivenciar sua individualidade? Quantos não anseiam uma universalidade que significa perder a própria identidade em função dos padrões de identidade veiculados pelos livros consagrados e pelos veículos de grande mídia?

A metáfora do tambor já nos dá pistas: o tambor pode “chamar”, pode convocar para uma visita à ancestralidade, mas “bater o tambor” para muitos significa um distanciamento. Esses que se distanciam falam de “bater o tambor” como se falassem de algo já antigo, fora de moda, “primitivo”, quando na verdade o que vemos todo dia é uma reafirmação da ancestralidade africana. “Bater o tambor” para alguns já remete a uma oposição cultural: antigo X moderno (África X Ocidente). Uma falsa oposição, já que o tambor convive cada vez mais com a tecnologia. A ancestralidade não exclui a modernidade, assim como a emoção não exclui a reflexão.

Ao cantar a família, o bairro, a cidade, as emoções que afloram no dia a dia, em belos poemas  construídos com um lirismo rítmico, Sergio Ballouk nos leva por ruas, avenidas, situações em que qualquer um pode se ver.  A ironia e a provocação também fazem parte desse cardápio no qual os poemas residem para despertar o leitor.

Sergio tem o mérito de buscar o que é universal na vivência afro e trazer isso em textos (com conotação biográfica ou não) em que a forma remete ao som dos atabaques:

DO ADJÁ CONTRA O AR

a poesia vem da oferta do fim de feira
do nervosismo do choro contido
da panela vazia que cai no chão

a poesia vem da arrebentação das rochas
do coice da mula
do adjá contra o ar

a poesia vem do dedinho torcido
das dores do parto
da marca no couro

a poesia vem do sobrenome do dono
do nascido de nome gritado
do bom filho criado
para o mundo

Livro: Enquanto o Tambor não Chama – Poemas
Autor: Sergio Ballouk
Quilombhoje Literatura
Contato: sergioslv@ig.com.br
www.sergioballouk.blogspot.com

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