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           Cadernos 
            Negros volume 26 
           Contos 
            Afro-Brasileiros     
          Volume  lançado no final de 2003. Um livro que 
            é como que um divisor de águas. Tem contos maduros, 
            que não fogem ao compromisso de dar testemunho sobre a experiência 
            afro contemporânea. Teve grande impacto no lançamento 
            e é um dos mais solicitados. 
          Autores: 
             
          Conceição 
            Evaristo 
            Cuti 
            Décio de Oliveira Vieira 
            D'Ilemar Monteiro 
            Esmeralda Ribeiro 
            Eustáquio Lawa 
            Helton Fesan 
            Lia Vieira 
            Lourdes Dita 
            Márcio Barbosa 
            Miriam Alves 
            Oubi Inaê Kibuko 
            Zula Gibi 
             
             
          Preço: 
            R$ 15,00 (quinze três reais) - esgotado  
           
           
          Veja 
          a seguir três textos sobre o Cadernos Negros 26 
          Jeferson 
            De 
            cineasta, diretor de Distraída Pra Morte, Carolina e Narciso 
            Rap: 
          Um 
            filme (talvez pouca gente imagine) começa na palavra escrita. 
            É um argumento, que se transforma em escaleta, depois se torna 
            um roteiro em suas diversas versões, se desenvolve e vira filme 
            na tela.  
            Literatura e cinema sempre caminharam juntos. Em meus filmes, não 
            é diferente. Pululam referências literárias. Daí 
            vem a importância para os cineastas e artistas negros brasileiros 
            de encontrar num só espaço uma reunião de escritores 
            afro-descendentes com referências brasileiras. 
            Cada leitor, negro ou não, brasileiro ou estrangeiro, acaba 
            tendo nos Cadernos Negros um grande encontro com esses escritores. 
            Nesse ajuntamento, uma forma de conhecer o quão diverso pode 
            ser o negro no Brasil, uma dimensão muito maior do que meia 
            dúzia de pensamentos regidos por um imaginário viciado 
            daqueles que pensam em nos retratar. Mais além, os Cadernos 
            acabam por ser pequenos retratos literários do homem negro 
            urbano, exercendo uma função que vai mais longe do que 
            se pretende. Vai criando, recriando e dando continuidade à 
            nossa identidade. 
            Enfim, em cada edição vemos renovada nossa fé 
            de que tudo está em nossas mãos, como diria o rapper 
            Rappin Hood: "Se eu tô com microfone, é tudo no 
            meu nome".  
            No final do livro "Da próxima vez o fogo", James 
            Baldwin escreve: "Tudo agora, temos que admitir, encontra-se 
            em nossas mãos; não temos o direito de supor outra coisa". 
           
          Rappin 
            Hood 
            Rapper e músico: 
             
             
          Foi 
            com grande prazer e satisfação que recebi de presente 
            da companheira Esmeralda Ribeiro alguns exemplares dos Cadernos Negros. 
            Ao lê-los, fiquei certo de que minha luta como militante do 
            hip-hop não é em vão. Os textos que li preenchiam 
            uma lacuna que existia em minha mente: por que não existem 
            publicações específicas para o nosso povo, os 
            negros? 
            essa resposta agora ficou mais fácil: você já 
            leu Cadernos Negros? 
            Há tempos nosso povo se vê carente de informação 
            e cultura, e ainda mais, há tempos que nos faltam meios de 
            nos comunicarmos, de nos expressarmos, e os Cadernos atingem em cheio 
            esse objetivo. 
            Julgo que a informação deve chegar ao nosso povo por 
            diversos canais. Eu faço uso da música (o rap) para 
            isso e nossos irmão negros poetas e pensadores fazem uso da 
            palavra que se faz viva nos Cadernos Negros. Salve o rap, salve a 
            música, salve os poetas e pensadores, guerreiros negros do 
            século XXI. 
            Paz a todos! 
           
          Neuza 
            Maria Poli 
            Professora e militante  
            Fundadora e coordenadora do Thema Educação - Projeto 
            para negros e estudantes de baixa renda: 
          Quando 
            se iniciou a publicação dos Cadernos, em 1978, mulheres 
            e homens negros não imaginavam que se dedicariam à admirável 
            missão de interpretar, ilustrar expressões, dificuldades 
            e desejos da geração de militantes afros de São 
            Paulo.  
            Foi o ousado princípio de uma jornada expressiva dos ideais 
            que brotavam no período da repressão política 
            brasileira, em que se impedia a livre evolução cultural 
            com a identidade e característica de nosso povo. 
            Os escritores e organizadores da série dos Cadernos Negros 
            têm cumprido a missão da formação gradual 
            da consciência negra brasileira, da consciência sociopolítica, 
            de aproximadamente três décadas, de intelectuais e escritores 
            brasileiros na sociedade ainda marcada por discriminação 
            racial, preconceito e racismo.  
            Há de se parabenizar e enfatizar essa luta e o notável 
            esforço dos responsáveis pelas publicações, 
            um projeto construído, dia a dia, pelos significativos exemplos 
            de vida heróica da ancestralidade africana.  
           
          
           
           
           
              
           
             
           
           
           
            
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